Agora são dois corpos
Que na verdade são dois espíritos
Que estão dançando juntos pela eternidade
Como na primeira vez
Olhos que conversam
Que se sentem e se perdoam
Mãos que acariciam e protegem
Um encontro marcado pelo destino
Nós dois que tantas vezes fomos clandestinos
Nos corações alheios
Hoje nos encontramos
Nos reencontramos
Como pássaros que trombam
Enquanto estão tentando fazer um ninho
Dois geniosos, teimosos, pontuais
Mas que acabam por se entender
Se aceitar e se querer
A beleza do nosso amor é a aceitação
Nós nos entendemos
Confortamos as feridas um do outro
Almas no inverno que encontraram calor humano
São mãos que se entrelaçam
Corpos que se aquecem
Beijos que envolvem
Abraços que curam
Sexo que sincroniza
Olhos que se buscam
Nosso amor é poema tocado no violino
Mesmo sem jeito
Você me pegou pelo braço
E dançou comigo nossa valsa sentimental.
Ísis Caldeira Prates
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