Estou andando pela chuva
Sim, está chovendo
Sinto o balançar das folhas das árvores
O vento sopra
Acudam-me
Estou andando sem rumo
Só sei que sinto minhas mãos suadas
Estou sufocada
Não consigo calar essas vozes
E as sombras aproximam-se
Meus olhos tão profundos
Nunca ficam rasos
O fogo ainda revive
Escuto minhas transparências
Talvez alguém ainda me veja
Por trás do espelho
Disfarcei as dívidas
Mas o mar sempre se agita
Persuadida pelo tempo
Devolvo-me a mim
Não me importo de não ver o sol
Contanto que eu sinta a luz.
Ísis Caldeira Prates
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