quarta-feira, 18 de junho de 2014

Minha consciência

Ela é nova na cidade
Tem olhos grandes
E um ego atraente
Tem quadris bonitos
E um cabelo escuro como a noite sem estrelas
Ela me olha como um rio
Ela é uma correnteza
Que me leva ao fundo de mim
Me leva aos meus extremos
Me bebe e me suga
Como se eu fosse atrativo para sua boca carnuda
Ela se move levemente em tom de melancolia
E é sensual como eu nunca vi
Tem um meio sorriso magnético
Que me leva até ela sem esforço algum
Se eu a vir nua, receio que me queime
Que enlouqueça e que para sempre a tenha
Se eu me lambuzar da alma dela
Serei infame e vulgar
Serei um meio engenhoso de calefação
Não sei se devo embebedar-me dela
Tenho medo do crime e de sua religião
Ela se desfaz em minha mente
E abarca cada parte minha
Sua correnteza por vezes empoça
Nas vielas do meu ser
Eu ainda a quero nua
Eu teimo em querer
Ela é um fogo que me consome
Quero fazer amor com ela até o amanhecer.

                     Ísis Caldeira Prates

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