Afundar naqueles olhos desconhecidos, que beijam minhas pupilas dilatadas em busca de amor. Vivenciar todas as suas loucuras que desnudam minha pele e me fazem torpor, acreditar em teus devaneios lunares e bagunçados por memórias indecentes. Criamos fantasias lúdicas, poetizadas e delicadamente silenciosas. Eu beijo sua melancolia, beijo suas tristezas e você me tem por fim. Eu te envolvo em meus braços e coloco suas agonias para dormir. Te aqueço mais que os dias ensolarados, te respondo em versos intensos de cor. Eu durmo ao teu lado que é para sonharmos acordados com nossos exageros insanos de amor. Nós nos suplicamos, nos queremos e nos eternizamos, teu calor suga-me para você e eu já não vejo mais, já não enxergo mais os erros cometidos. Nós estamos corrompidos, necessitados, tresloucados por essa dança faminta. O amor é como as rosas que não murcham, apenas soltam suas pétalas para ecoarem na eternidade de nossos caminhos, de nossas histórias e de nosso entardecer.
Ísis Caldeira Prates
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