Eu olho as borboletas pousando nas flores
Tão suaves e pacíficas
Eu queria ser suave
Mas não sou, nunca fui
Se olhar no meu horizonte
Sempre vai ver minha tempestade vindo
Eu sou inconstante e feroz
Às vezes acho que há um mundo paralelo em mim
Eu estou e não estou aqui
Sou passageira e me acho infinita
Descobri que vivo e transito pelos orgasmos vazios da vida
Acho que estou envelhecendo
Achei um fio de cabelo branco esses dias
Sou uma abelha sem mel
E pelas leis da física nem poderia voar
Preciso de amor
Mas amor sem rótulos
Amor só com alma
Amor que nem curativo
Preciso de um ser que me sinta nas entranhas
E que seja cuidadoso em minhas rodovias
Eu preciso de compaixão, olhos que se queimam de tanta emoção.
Ísis Caldeira Prates
Nenhum comentário:
Postar um comentário