domingo, 20 de abril de 2014

Poeta morta jogada ao vento

Afoga-me no teu chão com seus braços
Encha-me, depois beba-me até a última gota
Sou poço sem fundo, um completo exagero
Preciso que me deixe em pedaços
Que me parta de corpo inteiro
Antes de sair apague a luz e feche a porta
Preciso morrer primeiro
Depois eu penso em mim.


      Ísis Caldeira Prates

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