quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Azul

Que fique nós dois nos lençóis de sua cama
Nossos risos, nossos olhares, nossos carinhos
Lá é nosso templo, nosso lugar sagrado
Onde nós transbordamos amor
Onde nós nos lemos da cabeça aos pés
Onde nós escrevemos poesias em nossos corpos
Eu escrevo meu nome em você 
Você escreve seu nome em mim
Lá, é quando a gente se abraça
E nossos corações se entrelaçam
Nossas dores cessam 
E tudo começa a fazer sentido
Tudo começa a ser sentido
E já não somos mais carne
Somos energia pura
Que troca pensamentos
Que troca consolos
Que troca fé
É lá que nos abastecemos
E o amor revive
E tira a roupa e se faz sincero
É lá que a gente é a gente
Sem interferência externa
São trocas de fluidos e cores
Azul
Que essas duas forças não se digladiem 
Que elas se unam sempre mais
E sejam o suficiente pra enfrentar os tempos ruins
Amor tem que ser para a cura
Pois só é produzido pela sabedoria
E pela resignação 
É se doar para o outro
Mas a gente tem esse defeito
De amar já com medo do fim.


Ísis Caldeira Prates 



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