quarta-feira, 8 de maio de 2013

V

Em uma sociedade onde os ladrões usam terno e gravata
E os pobres Jeans Valjeans ainda sofrem dos mesmos medos
Indigna-me a hipocrisia das propagandas
O preço da marca
O preço que colocaram na alma
Indigno-me com a insensibilidade e o egoísmo
Com os delírios de grandeza e estupidez
Jovens que crescem moldados ao imediatismo
Ao prazer estereotipado
E à lamúria da incompatibilidade
Sociedade macabra!
Burgueses alienados!
Que até hoje querem provar sua nobreza
Justiça suja de sangue dos inocentes
Segura uma balança tendenciosa
Até quando Cristo? Até quando?
Mas volto-me de novo a mim
Volto do meu inconsciente lúcido
Ó céus! Eu também sou um deles!

                                         Ísis Caldeira Prates

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