terça-feira, 7 de maio de 2013

A morte

Inspirado em Álvares de Azevedo
Óh! Gélidas mãos que me tocam tão frias
Óh! Olhos vagos que já não me veem
Chama clara e potente que se apagou
em meus braços meigos
Tira-me também, desnivelada de dor
Dar-te-ei meus beijos e meu amor eternos
Guia-me estrela que agora brilha lá no céu
Meus sonhos são teus amor meu
Entre meus lençóis vazios, o calor me petrifica
Estou tresloucada, sozinha, em silêncio
Não tocarei mais teus lábios, não acariciarei
tuas mãos macias.
Óh! Dor que me devasta! Como poderei viver sem ele?
O mais belo e vivo, o mais sincero e digno amor
Mas não tema nada aí do céu, pois meu amor é seu
como a abelha é do mel.

                                                      Ísis Caldeira Prates


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