Amando eu sigo, no meu desassossego
Amando eu vivo, entre o meio
Meio da multidão de supérfluos
Meio da mesmice cega
E da conectividade dispersa
Amando eu sigo, pois um dia morrerei
E meus passos sujos e desnudos
Poderão ser abafados pelo meu eu pândego
Pelo meu eu frugal
Pelas minhas palavras meigas
Pela minha pequena áurea angelical
E nesse amor pelo mundo, pelas pessoas e pela vida
E me desfaço em mil pedaços
Só para ter que me construir de novo amanhã.
Ísis Caldeira Prates
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