Embalada por minhas lembranças
Vejo-me titubear por entre minha nostalgia
Abarcada de infinitas vestes
Usei vestes pálidas, sombrias, iluminadas
Volto-me cambaleante aos meus anseios
Entristecidos
Trágico
Caminho louca pela relva
Úmida e fria
Um emaranhado de pudor
Então censuro-me em meus pensamentos
Enlameados, sujos...
Olho para minha sombra pueril
Já quase se apaga
Entristeço-me por não mais tocá-la
Enraiveço-me por exitar
Flexiono meus joelhos tão alvos e macios
Abaixo minha cabeça
Fecho meus olhos e canto
Tento pacificar minha mente tresloucada
Mas apareço em solidão
Solidão de alma púrpura
Queria abrir meus braços como Jesus
Mas não posso abraçar o mundo
Ainda me falta piedade
Então olho para o céu e peço por misericórdia
Adormeço sobre a relva
Mas não tenho sonhos
Estou me buscando
Dentro de mim mesma.
Ísis Caldeira Prates
Nenhum comentário:
Postar um comentário