domingo, 19 de março de 2017

Minhas penumbras sempre falam

Amor, o jeito que segura meus peitos
Enquanto morde-me a boca
Diga-me a mulher que sou
A intensa que sou
A perversa maligna
No correr de suas mãos
Eu deixo-te tocar minha deusa
Eu deixo-te ver-me como sou
Inteira e desinibida
O que há nessas mulheres normais?
O que pode ver dessa beleza imortal?
Sou o que soul
Alma
Nascida da selvageria
Uma pequena morte
Morrem em meus braços
Dos laços eu não fico sem o nós
Você sabe quem eu sou
Mas não sabe tudo
Ainda há muito o que me decifrar
Ainda há muitas paixões para você viver comigo
Muitos dias lúdicos de lençóis febris
Você me saca quando eu estou nua
Quando eu estou sua
Mesmo sendo só minha
Das rebeldias da vida
Eu guardo minha cama vazia
Que te espera nos finais de tarde
Dois corpos num só corpo
É assim que me conheces
Das artes que pratico
A que mais me expresso é fazer amor
Com você...
Ísis Caldeira Prates

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