domingo, 26 de abril de 2015

Doloridos

Intensos quereres
Que me despertaram do meu nevoeiro
Dores que se comunicam
Que se olham na escuridão
Despidos e pungentes
Corações devastadores
Dois infernos celestiais
Nós nos encontramos em nossas carências
Dois anômalos do desamor
Que mordem, que beijam
Que gemem melancolias íntimas
Somos dois devassos
Decadentes e distintos
Vamos contra a multidão
Que sejamos errados
Travessos
Desequilibrados
Mas que sejamos nós mesmos
Com nossa própria volúpia
Nosso próprio desapego
Você é livre
Eu também
Ilusão só se for nas verdades absolutas
Somos dois amantes diante da redenção.
Ísis Caldeira Prates

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