segunda-feira, 17 de junho de 2013

Napoleônica

Eu sou paranoica, dissimulada e obsessiva
Sou frenética e categórica
Insistente, feroz e determinada

Eu sou a lei de Ramsés
Infartada de poder
Eu sou o véu que cobre o céu

Ó aura de clamor!

Chama teus filhos ensanguentados de perdição
Desamparados no pânico
E amaldiçoados pelo "Cale-se"

Que custe a vida!
Que custe os bens!
Que custe o orgulho!

Mas que finalize em dignidade
Apreço e voz dos que não tinham
Chama-me de desgarrada
Mas tenha peito para enfrentar meu levante feroz

Porque ainda que eu caia
Envolver-me-ei em glória
E lembrança de toda uma nação.

                            Ísis Caldeira Prates

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