Olhando da janela a rua monótona
Percebo almas obsoletas
Sozinhas
E da janela vejo meu reflexo
Me sinto melhor por não ser como eles
A vida comum se faz com banalidades
Mas a minha não
Carrego meus distúrbios, vícios, indecências
Tenho pensamentos sujos e como tenho
Sou paranoica, doida
Mas tenho uma alma completamente mágica
Daquelas que não se esquece
Não há mentira no meu desejo
Nem nas minhas vontades
Gosto do desalinhado, do estranho
Eu gosto mesmo é do estrago
Dos sorrisos maliciosos
Dos beijos com entrega
Eu gosto do meu corpo e da minha sensualidade
Eu gosto de mim, dos meus anseios
Das minhas inundações e regenerações
Eu aprendi a ter asas para pular dos meus abismos
E voar o mais alto que eu puder
Tenho meus inúmeros dias de escuridão
Mas minha solidão é permanente
Ela me ensinou a ser minha
E a ser como eu sou
Eu sou um continente fragmentado
Carrego em mim todos os meus preconceitos e condutas
É claro que sempre estou em guerra
Sempre estou no meio da guerra entre a virtude e o imoral.
Ísis Caldeira Prates
Ô de casa!
ResponderExcluirSe me permite ser bajulador, mas, caramba, que belos escritos você tem, moça. Me senti realmente tocado por seus poemas, pelo capricho em cada um deles, e só posso lhe agradecer pelos ótimos momentos de leitura.
Meus sinceros parabéns pelo trabalho.
Um abraço.
Ô meu querido, muito obrigada! Fico feliz que tenha gostado! Um abraço! :)
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