As feridas estão tão abertas
Tão expostas aos ofensores
Um olhar triste que exibe-se para a solidão
O corpo fraqueja junto com a alma
A pior doença vem, aquela que mata por dentro
Os olhos estão com bolsas de tanto chorar
Quase não se enxerga por causa das lágrimas
A dor que vem é fúnebre e seca
Ela não devasta, mastiga aos poucos
A alma vai ficando podre
Os rios viram pântanos
O sol queima os jardins
Os risos se mudam
A alma precisa dormir
Tenta esquecer, mas volta a lembrar
Essas feridas expostas ainda vão me matar
Morrerei a luz do dia
Quem sabe assim
Eu ainda encontre o caminho, a verdade e a vida.
Ísis Caldeira Prates
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