sábado, 7 de dezembro de 2013

Algodão doce

Menina! Teu veneno te consome!
Some a fome, some o homem
Aquele que te deixou no altar
Corta o cabelo diferente
Estranha que nem parece gente
Virou tubarão a andar
Fez burrice e bizarrice
Boneca de pano sem lar
Nos braços da menina moça
Sentiu cheiro de doce
Um desejo a se pensar
Ela chorou três noites
Pelo canalha que estava no bar
Encontrou colo na vida bandida
Amor? Ela nem passava por lá
Ela ainda tem seus traumas
Nem tudo tem recompensas
Mas ela sabe, pode até ser ovelha desgarrada
Porém tudo que ela gosta, agora ela faz rodar.


                         Ísis Caldeira Prates

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