Vejo relâmpagos no céu
Lá vem as nuvens cinzas
Que escurecem meu ser
A chuva começa como neblina
Depois vem a tempestade
O furacão
E eu no meio sem abrigo
Sem uma marquise
Para eu não me molhar
Não tem jeito
Eu sempre me molho
A água sempre vem
São minhas próprias lágrimas
E soluços, meu bem
Talvez um dia eu seque
Mas esse é meu maior medo
Não ter mais água para me lavar.
Ísis Caldeira Prates
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