Estou dentro dos meus olhos
Posso ver gotas pingando sobre eles
Não há som, eu só vejo
Não ouço, não toco, não provo
Vejo tudo passar pela minha vida
Enxergo de dentro, uso apenas a visão
Mas estranhamente ela está ligada as minhas sensações
Então posso ver e sentir
Separo alguns problemas quase matemáticos
E vejo-os dessa forma
Um objeto a ser analisado
Uso minhas próprias fontes
Mas eu não sei do outro lado
E consumo-me, ataco-me, queimo-me
É só o que eu acho, o que eu posso deduzir
Mas nunca a resposta clara
Mato-me aos poucos
Pessoas são objetos sem solução.
Ísis Caldeira Prates
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