Meu inconsciente está agônico
Estou relembrando o passado
Coisas mal resolvidas
Por que todo poeta tem mania de nostalgia?
Deve ser coisa de alma sensível
Ou pode ser dor de cotovelo mesmo
Acho que eu só amei uma vez nessa vida
E foi amor...Ah foi...
Daqueles arrebatadores e impiedosos
Daqueles que a gente não esquece
Amei uma vez como se fosse a última
Nem sei o porque que estou compartilhando isso
Até porque me dói
Fico lembrando dos olhos dele
A docilidade destes
Seu sorriso e até seu cheiro
Que eu peguei por acaso
Aquele menino me mostrou o que era vulnerabilidade
Aliás, me mostrou que eu era menina e ele homem
Ele inundou-me várias vezes e eu deixei
Porque era prazeroso quando ele me tocava em meus pensamentos
Foi nessa época que eu me espiritualizei
Tentei até telepatia
Que porcaria, não é?
Sabe, eu aprendi que eu não podia ter tudo
Parecia que o destino barrava
Eu ia do céu para o inferno
Sem regras de tempo
Mas eu fui fiel a mim
Ao que eu queria
Eu vivi o momento
Mas não aconselho a fazer o mesmo
Hoje sinto-me solitária
Até mesmo fingida
Finjo um ânimo que me falta
Está comovido leitor(a)?
Porque eu estou
Ó céus! Até eu me sinto comovida...!
Ísis Caldeira Prates
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