terça-feira, 29 de julho de 2014
Flores, doces e afins
domingo, 27 de julho de 2014
Viver o agora
Mas a inspiração não vem
É um amontoado de sentimentos e sensações
Que não cabem em mim e meu peito transborda
Preciso viver meus dias, minha vida e minha realidade
Minha cabeça já flutuou demais
É preciso voltar ao caminho
A pausa já se acabou
De volta aos trilhos
Querendo ou não, a vida segue um fluxo
Desviar é opção, mas uma hora você tem que voltar.
Ísis Caldeira Prates
domingo, 20 de julho de 2014
Segundos
Segundos, e a vida passa
Como borboletas que batem as asas
E se desdobram no infinito
Segundos de asas que fazem o vento de um furacão
Lembranças de asas falhas, asas revôltas, asas insanas
A mente bate asas em fluxos descontínuos que se ligam
E os segundos absorvem as anomalias e as dependências
Os ciclos se propagam nas distâncias e tudo está ao lado
São dois lados da moeda, asas sem coreografia
Eternizam e roubam os momentos
No fim só existe você e os pássaros no céu
Não importa se são abutres ou pombas brancas
São só você e os pássaros no céu
Os segundos não mentem
O tempo não para.
Ísis Caldeira Prates
terça-feira, 8 de julho de 2014
Corpórea sinfonia
É um dia nublado de domingo
Acordei inspirado pelas suas imagens
Em minha mente, tão complexas e lúcidas
Então fecho meus olhos inalo todo o teu perfume
Que vive em minha lembrança
Pego meu violoncelo, imagino-o como teu corpo
E eu toco você
Toco suas melodias melancólicas de amor
Toco a música das suas memórias
Toco a sinfonia do teu beijo
E sinto sua boca suave a me beijar
Toco a melodia do calor que sai de sua pele
E sinto o fervor me queimar e me queimo em êxtase
Toco a música do teu riso que ressuscita minha alma
Que rouba minha atenção e eu te amo ainda mais
Toco a sinfonia do teu coração que por vezes eu ouvia
Deitado sobre seus seios nus
Eu te sentia viva e batendo dentro de mim
Tinha medo daquele som se tornar distante
Mas tinha mais medo ainda dele parar de bater
Seu cheiro estava em todos os lugares, estava em mim
E olhando aqueles espaços vazios eu chorei
Abracei meu violoncelo (teu corpo) e chorei
Lágrimas de um palhaço triste, de um poeta sem amor
De um músico surdo, de um dançarino sem pernas
Eu te amei como os pássaros amam o céu
E as abelhas o néctar
Você era meu instrumento mais lindo
Eu me perdia e me encontrava ao te tocar
Tu eras a mulher mais essencial de minha vida
A rosa mais estonteante a desabrochar
Eras a minha fonte de plenitude
Minha agonia e meu prazer
Por mais que eu sinta falta da tua carne
Sinto mais falta ainda do teu ser
Você foi o ser mais lindo que já me aconteceu.
Ísis Caldeira Prates