terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Que o ano novo tenha gosto de você
sábado, 28 de dezembro de 2013
Versos obscenos
Trouxeram consigo as vaidades
Que a alma vã carrega destemida
Os poetas desesperados de agora
Trouxeram consigo a luxúria do desassossego
A busca pela saciedade do corpo
Com as carícias falsas de mãos turbulentas
Os poetas se apaixonaram
Sempre por amores absurdos
Nunca foram amores mudos
Todos escritos em versos obscenos.
Ísis Caldeira Prates
Existem outros braços além dos seus
Preciso pensar nas coisas que estão me incomodando
Preciso pensar se você vale a pena
Estou com dúvidas a seu respeito
Não tenho certeza se quero te deixar
Mas estou dolorida com a sua instabilidade
Com a sua falta de ação
Tome cuidado com o quanto dá-me valor
Porque sentirá minha falta quando eu partir
Não me tem nas mãos tanto quanto pensa
Eu não sei ficar em cima do muro
Ou é sim, ou é não
Ser intensa muitas vezes me fere
Mas eu prefiro atitude à indecisão
Hoje eu estou com você, amanhã talvez não.
Ísis Caldeira Prates
A cada queda morre uma parte de mim
Estou tentando trazê-las de volta pro céu
Meu céu que era tão bonito
E agora minhas estrelas estão no chão
Elas estão se molhando na água do mar
As ondas estão carregando-as
Por favor, não levem tudo...
É só o que tenho.
Ísis Caldeira Prates
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Pressentimentos
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Abatida nas batidas da solidão
Talvez eu acabe promíscua
Fazendo poesia de bar
Talvez eu me deite no escuro a procura de um par
Meu olhar de dor continua a sustentar
todo o vício que me restringe a ficar
Procuro cega o caminho
Labirinto vivo de tristeza lunar
Rasteiro é meu pranto indigno de amor
Pudera eu ser uma flor
Que mora no mato viva em cor
Exibo-me para a solidão
O nada procura perdão
As rosas no caminho murcharam
As flechadas do vizinho sangraram
Os próximos estão amargos
Confio desconfiado
Os amores em vida se calaram
Meus dias estão desalinhados
Esteja lá quando eu pedir
Passarinho volta a sorrir
Caminhar em dor é partir
Abalo corriqueiro a me perseguir
Mutilados estão meus pés
Fardos no lombo caído
Saio em mistério distante das estrelas
O céu não é certo quando se cobre as espadas.
Ísis Caldeira Prates
domingo, 22 de dezembro de 2013
Emaranhado de envolvimentos
Eu queria ele se afogando em minhas águas turbulentas
Eu queria ele no fundo, a superfície era monstruosa demais
Eu queria as dores, os prazeres e as misérias de sua alma
Eu queria os vazios, os olhos desnudos e a boca trêmula
Ele não me pertencia, mas ali eu sabia, ele era minha sina.
Ísis Caldeira Prates
As ervas daninhas que insistem em crescer na alma
E minhas nuances, sejam elas quais forem
Preciso me equilibrar nos abalos das minhas verdades e mentiras
Porque sou muito hipócrita em minhas condições
E meus calcanhares estão expostos às fragilidades mastigantes
O meu envoltório de consciência faz de mim equívoco
Minhas páginas estão sempre molhadas por desolação
O escuro me é certo, a clareza não
Sou louca concebida pela absolvição
Dos contextos de outrora, me fechei para a contenção
Abri minha caixa de pandora e agora sou caos, medo e ilusão.
Ísis Caldeira Prates
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Idas e vindas de nós dois
Eu já te disse que não volto
Estou indo embora
Estou batendo a porta
E saindo rua afora
Se eu voltar, é porque errei.
Ísis Caldeira Prates
Os anjos moram nas estrelas
Tirou meu teto
Fiquei um pouco atônica
Com medo dos temporais
Mas percebi que você não me fez mal
Agora sem teto eu podia ver as estrelas
E as estrelas são a coisa que eu mais amo
Você me deu o que eu mais amava
Você me deu você.
Ísis Caldeira Prates
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Ainda te vejo?
Eu te quero e não te quero ao mesmo tempo
Sinto que me consome, que me come
Com esses olhos de águas cristalinas
Mas preciso sempre de mais
Preciso de você perto
Mesmo que esteja longe
Preciso de saber que ainda quer
Que ainda se importa
Você está se distanciando
Não quero pensar que está partindo.
Ísis Caldeira Prates
Nós perdemos o costume
Nessa manhã chuvosa
Tudo o que eu preciso
São dos meus tocs paranóicos
Ficar dando voltas na minha cabeça
Ficar de nostalgia
Do tempo que eu era criança
E nada me era apego ou apelo
Era tudo brincadeira.
Ísis Caldeira Prates
Firmo solta meu sentimento
Migro em migalhas trazidas por ti
Finjo um estado satisfatório
Uma mente sã
E um coração curado.
Ísis Caldeira Prates
Médios escritores
Minto mentiras repugnantes
Falo verdades exorbitantes
Me causam tesão, poetas que falam de razão
Tenho fetiche por conhecimento ilustrado
Mais que por cabelos desarrumados
E flores no portão.
Ísis Caldeira Prates
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Capítulos em braile
Os olhos se esquecem dos abismos
Os risos, as falas, as brisas
Calam as luzes distantes
Proibidas de amor
Ao longe ouve-se distante
Os barulhos do ardor
Os gritos altos constantes
Afligem o redentor
Receptáculos de dúvidas
Atingem os sozinhos
Os acompanhados se ocupam
Com vazios de gente sem razão.
Ísis Caldeira Prates
Soa como fases
O tempo já não diz mais minha idade
Os destroços em mim, sim
Não me sinto madura ou inocente
Na verdade eu vou e volto entre os dois
Um dia eu aprendo, no outro não.
Ísis Caldeira Prates
O caminho é logo ali
Sorrisos bruscos
Clareiam ímpetos cegos
A cegueira exagera a verdade do ser
Confissões inaudíveis constroem muros
O silêncio toca uma melancolia
Os milindros sujos enlameiam as rosas
As espinhosas rosas que se perderam
A lembrança está gravada
Memória seca e manipulada
Alimenta o sofrer
Sobreviver é para os fortes
Chorar é para os amargos
Desesperam-se os fracos
Mas todos se perderam.
Ísis Caldeira Prates
Eu ainda sinto que você fica, que você volta
Quando estou com ele
Tenho medo de piscar
E perder um sorriso
Ou um olhar
Ele é um labirinto
Suga meus instintos sacanas
Não me devolve para a vida
A realidade se perde de mim
Quando sair não feche a porta
Deixe aberta para quando quiser voltar.
Ísis Caldeira Prates
4
De quatro por ele
Mas não dele
Para mim
De quatro no quarto dele
Não para ele
Para mim
De quatro nem sempre por baixo
De quatro eu estou por cima.
Ísis Caldeira Prates
domingo, 15 de dezembro de 2013
Volta aqui motorista!
Fantasiada de mulher decidida
Eu me perdi em você
Caí igual mulher chique de salto cai na rua
Parecia aqueles dias em que você espera o ônibus
Sabe que ele vai vir, você dá sinal
E ele não para pra você subir.
Ísis Caldeira Prates
sábado, 14 de dezembro de 2013
Do desgosto ao ápice
Pragas praguejadas sem consolo
Sonhos planejados em planalto
Labirintos inquietos e diversos
Menor, maior, Menor
Precisamos de maioridade
Precisamos nos emancipar.
Ísis Caldeira Prates
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Ode ao amor!
Testa meu fogo
E sente meu corpo
Como quem ouve uma sinfonia
Respira meu cheiro
E bombeia com oxigênio
Para suas veias
Me beija com sede
Prova minha pele
Encanta meu clamor
Muda meu afeto
Afeta-me com seus mistérios
Me ensina com ar de professor
Me puxa para o seu universo
E me molha de fervor
Por favor, me ensina esse querer sem pudor.
Ísis Caldeira Prates
Portas entreabertas
E percebendo que meus olhos estão distantes
Eu procuro o que meus devaneios querem me dizer
Íntimamente eu me conto segredos
Eu me conto sobre meus medos paranóicos
Deveria sentar na varanda, debaixo da lua
E fazer pedidos perdidos por astúcia
Tudo está distante, até meus vícios
Todos os meus artifícios são para me perder.
Ísis Caldeira Prates
Os nós que nós não nos damos
Então era mesmo verdade...
É mais feliz quem ama o ser e não o ter
Entendo só agora que ele é mais feliz livre
E que eu também sou
Entendo que não há abandono
E que a verdade está no querer
E não no precisar
Os olhos dele sempre estarão famintos ao me ver
E eu retribuirei esse calor
Nossos corpos tão eufóricos ao se ver
Tão comuns ao se tocar
Tão abertos à conhecer
E tão dispostos a se encontrar.
Ísis Caldeira Prates
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Não quero que saiba que estou sofrendo
Já não sei mais de mim
Essa arte desequilibrada e promíscua
Ela me faz colocar sentimentos demais nas coisas
É quase uma doença
É perigoso ser intensa hoje em dia
É perigoso falar tão abertamente de amor
É perigoso esperar algo dos outros
É perigoso se expressar
Ah desculpe poesia...
É que hoje a dor está gritando dentro de mim
E sinto que vai gritar por muito tempo
Só preciso de um colo que ninguém pode me dar
Eu amo o que não posso amar.
Ísis Caldeira Prates
Então vai Anjo, mas lembre-se, eu estou aqui...
Criou um abismo entre nós
Quebrou tudo que eu imaginei
Era como se nós estivéssemos no mesmo barco
Mas remássemos em sentidos opostos
Sabia que ele gostava de mim, não duvidava
Mas não era o bastante para ficar
Mas mesmo assim, eu ainda o queria
Como eu não devia querer
Queria saber como ele estava, se estava bem
Queria me manter na lembrança dele
Eu não aceitava que ele poderia me esquecer
Não existe dor maior do que cair no esquecimento
Mas nós éramos amigos e nos falávamos sempre
Eu também não entendia o motivo de querê-lo preso à mim
Agora, só quero que ele fique livre e voe alto
Quero sinceramente que ele seja feliz
E quero que ele saiba, que revê-lo sempre será uma alegria
E sim, eu ficarei bem...
Ísis Caldeira Prates
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Eu não sei o por quê desse meu desequilíbrio
Sabe aquele precisar bobo e inconsequente?
Aquele ar que não é da atmosfera
E aquele aperto no coração causado pela distância?
Pois é... Eu estou sentindo isso
Às vezes melhora um pouco
Mas à noite, quando vou dormir
Sinto uma solidão...
Que ninguém cura
Além daquele que me deixou assim
Então o que será de mim?
Já que ele não vem...
Ísis Caldeira Prates
Negligência
Por que eu sempre sou negligente comigo?
É essa a palavra, negligente!
Trato-me como se eu fosse de ferro
Quando eu sou mais frágil que papel.
Ísis Caldeira Prates
Bailarina manca
À noite eu tentei não pensar
E deu certo
Mas pela manhã o choro veio
Me faltou ar, deu um aperto no coração
Sensação de abandono, de incapacidade
Sensação da mais pura solidão
E eu ouvi música, dancei chorando no meu quarto
A cena mais triste que já vi
Tão dolorida que me deixei levar pela música
E nos passos da dança, parecia que nevava
Parecia que não ia passar
Eu me senti pela metade
Eu queria esquecer
Parar onde começou
Eu não queria me envolver
Mas estava ali, envolvida, estrupiada
Eu queria sair, mas não para rua
Eu queria sair de mim.
Ísis Caldeira Prates
domingo, 8 de dezembro de 2013
Tudo tão fugaz
O pior não é a dor
É a anestesia depois
A gente fica parecendo zumbi
Não acredita mais em nada
E fica tendo sensação de infarto
De que não vai sobreviver
A gente morre um pouco
No meu caso, o medo só aumenta.
Ísis Caldeira Prates
É hora de parar
E quando alguém entra na minha vida
Faz parte de mim
Fica marcado
Mas a vida acha injusto deixar alguém ficar
Eu achava que era mais feliz por ser intensa
Que boba eu fui...
Minha intensidade é minha pior inimiga
Parece satisfatória, mas depois me faz chorar
E eu chorei, chorei mesmo
E sempre choro, sempre fico triste, sempre me importo
Eu achei que era o certo, não era
Nunca é
Por que eu sempre tenho que quebrar a cara?
Não culpo ninguém, é tudo culpa minha
Preciso de tratamento de choque
Preciso parar de ser sentimental
Agora entendo os amargurados
Um dia eles amaram
Mas não sabiam da dor que era amar
Ísis Caldeira Prates
sábado, 7 de dezembro de 2013
Chega de saudade
Tudo que toco é infinito
Fica dando voltas no infinito meu
Tão infinito que torna distante o real
E traz à tona o virtual
Meu cérebro mistura as memórias
E cria falsas lembranças
Então penso que os ruins são bons
E que os bons são ruins
A culpa é da saudade
Que faz caber o que não cabe
E transborda pela pia com louças sujas
Saudade só vem de coisa suja.
Ísis Caldeira Prates
Tenho que gostar de mim. Eu já disse isso antes...
Agora podem começar a formar a fila
Para que machucar
Já que sempre dói
Que doa consciente
Que eu olhe nos olhos e saiba
Da minha humilhante incapacidade
De me amar.
Ísis Caldeira Prates
Algodão doce
Some a fome, some o homem
Aquele que te deixou no altar
Corta o cabelo diferente
Estranha que nem parece gente
Virou tubarão a andar
Fez burrice e bizarrice
Boneca de pano sem lar
Nos braços da menina moça
Sentiu cheiro de doce
Um desejo a se pensar
Ela chorou três noites
Pelo canalha que estava no bar
Encontrou colo na vida bandida
Amor? Ela nem passava por lá
Ela ainda tem seus traumas
Nem tudo tem recompensas
Mas ela sabe, pode até ser ovelha desgarrada
Porém tudo que ela gosta, agora ela faz rodar.
Ísis Caldeira Prates
Cabe?
Eu tô jogando pedra
Tô jogando pedra até em mim
De sangue se sujam as palavras tortas
Meias palavras sem nexo ou anexo
Não foram enviadas a mim
Mendiga, pedi alma na rua
Parei na esquina da lua
Amor fácil, tive facilzinho
Dor, a mais consumista
Viaja para meus prazeres e suga para além mar
Devaneios na janela
Lá vem a música que me faz chorar
Chorei tristinha, toda sensívelzinha
Continuei à rezar
Reza a lenda que o amor das laranjeiras
É percebido pelo all-star.
Ísis Caldeira Prates
Sozinha
Meu destino é andar sozinha?
Fico me perguntando...
Sempre que está bom, esfria
Quando penso que é a hora, não é
Tento ser positiva, agradável
Mas parece que o universo fica feliz
Por me tirar as coisas
Desculpe, não é você universo
As escolhas são minhas
Não posso te culpar
Nem posso me culpar
É assim, todos vão te decepcionar
E você vai decepcionar à todos
Os relacionamentos são decepcionantes
As pessoas se machucam
E são tristes por isso
Meu problema é procurar outra alma
Para preencher meu corpo
Enquanto eu devia me sentir bem sozinha
Entendo que solidão é diferente de estar só
Solidão é o isolamento de alma
Estar só é estar bem consigo mesmo.
Ísis Caldeira Prates
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Pés no chão e braços ao seu redor
Acho que uma vez eu falei de amor para ele
Mas não é amor o que sinto
É uma coisa bem mais ilegal
Mais viva e menos vazia
É quase uma transição de pele
Eu gosto da matéria que ele carrega
Amor é espiritual
Eu tenho sede carnal
Vontade de contato, de atrito
Talvez eu tropece no amor uma hora
Mas prefiro chamar isso de desejo
De querer, de vontade e de prazer
Ele é a realidade que eu perdi um dia
Eu voava sem ter asas e caía
Agora eu prefiro o chão
Porque é onde ele está.
Ísis Caldeira Prates
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Te quero
Essa noite eu queria tanto você...
Senti seu cheiro em mim
Lembrei dos seus beijos
Lembrei da sua urgência
E da sua boca quente
A lembrança me traz arrepios
E meus olhos se fecham só de pensar
Queria te ter essa noite
Queria no calor infernal dessa cidade
Ter um motivo plausível para derreter.
Ísis Caldeira Prates
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
A verdade está no seu silêncio
Não é de falar o que sente
E eu tenho que decifrar seus sinais
Eu sou daquelas que também necessitam de palavras
Por mais óbvio que você seja
Mas também estou aprendendo
Aprendendo que tudo tem seu tempo
Estou aprendendo a dar valor as atitudes
E que palavras são secundárias
Na verdade eu percebi
Que eu amo tudo o que você carrega
Mas não diz.
Ísis Caldeira Prates
Agora eu vou, querida...
Envolvida por mim
Atrelada aos sossegos
À velha arte do por vir
Ditei regras bobas
Menti por ninguém
Ouvi blues no elevador
Dormi no metrô
Cantei Elvis e chorei
Meus discos estavam velhos
O cinzeiro com cigarros
E copos vazios pelo chão
Deitei de cabeça para baixo no sofá
Podia ver o mundo girar
E que girasse mais
Quem sabe assim
Em uma dessas voltas
Eu encontrasse caos.
Ísis Caldeira Prates
Em todos os sentidos
Que amor entra pelos olhos
Pelos ouvidos
Pelo nariz
Pela boca
E por entre as pernas.
Ísis Caldeira Prates
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Medo do teu abandono
Enquanto eu o amava
Eu por vezes abria meus olhos
Só para olhá-lo
Ficava pensando, um pouco insegura
Em como seria o depois
Eu que sempre fui boa com palavras
Agora tinha um certo cuidado em dizê-las
Pela primeira vez na vida senti medo
Medo de perdê-lo
Não medo de que ele fosse embora
Mas medo de que ele me esquecesse de vez.
Ísis Caldeira Prates
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Você preencheu os vazios que haviam em mim
Ter-te foi mais que tocar-te
Foi me tocar, foi me permitir
Mudou de lugar algumas dúvidas
Colocou segurança onde já não tinha
Ter-te foi descobrir um mundo novo
O seu mundo, que mudou o meu
Abrir-me para você foi lindo
Foi essencial e substancial
Foi químico e espiritual
Foi um prazer te encontrar
Foi um prazer te beijar
Foi um prazer roubar seu olhar
A partida foi um gozo
Que sabemos e dizemos um pro outro
Que voltaremos a nos encontrar.
Ísis Caldeira Prates
No infinito abro minhas asas
Olhei pela janela
E já não era mais a mesma
As grades caíram e eu estava livre
Tão livre quanto os pássaros no céu azul
Eu podia tocar as estrelas e sentir o sol
Flutuava no espaço, na redenção
Habitei lugares de amor
Habitei-me, abri-me, enxerguei-me
Tem instantes que duram uma vida
Tem vida que dura um instante
Os meus sonhos agora são tão reais
Ou a minha realidade se tornou um sonho
Na verdade não importa
O que me importa agora é que posso abrir os olhos e ver a luz.
Ísis Caldeira Prates